terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Bring me to life

Estava noite, uma noite escura e fria. Caía uma chuva miúda.

Eu caminhava por uma rua sem fim, deserta, havia apenas uma luz que piscava. Os meus cabelos voavam com o vento, e devido as pequenas gotas que caiam do céu, o meu cabelo encaracolava nas pontas.



Podia estar triste, completamente destroçada, mas o facto de o meu coração já não bater, fazia com que eu estivesse indiferente.



O chão estava escorregadio, e eu andei em passos de bailarina, rodopiava e saltava na ponta dos pés.



De repente senti um arrepio, andei enquanto uma música ecoava na minha cabeça:



Wake me up inside



Wake me up inside



Call my name and save me from the dark



Bid my blood to run



Before I come undone



Save me from the nothing I’ve become



Eu estava num mundo que não era o meu, ninguém sabia o meu nome, ninguém compreendia a minha linguagem, ninguém sabia aquilo que verdadeiramente eu era.



Pessoas desconhecidas chamavam-me de amiga, sem sequer saberem metade da minha vida, pessoas que não conseguiam adivinhar o que eu estava a pensar, e que falavam mal de mim, sem darem valor aquilo que realmente eu era.


Eu já não queria saber de nada, a pouco e pouco comecei a desprezar aquilo que me rodeava.



Até que tu apareces-te, sabias o meu nome. Podia só falar contigo à 5 minutos, mas tu compreendias-me.



Apareces-te no momento mais importante, apareces-te quando eu pensei que naquele sítio velho e gasto, já não existia nada novo. Eu estava errada. Existe sempre algo novo, existe sempre uma luz brilhante, mesmo no sítio mais negro.



Obrigada.


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