Eu caminhava por uma rua sem fim, deserta, havia apenas uma luz que piscava. Os meus cabelos voavam com o vento, e devido as pequenas gotas que caiam do céu, o meu cabelo encaracolava nas pontas.
Podia estar triste, completamente destroçada, mas o facto de o meu coração já não bater, fazia com que eu estivesse indiferente.
O chão estava escorregadio, e eu andei em passos de bailarina, rodopiava e saltava na ponta dos pés.
De repente senti um arrepio, andei enquanto uma música ecoava na minha cabeça:
“Wake me up inside
Wake me up inside
Call my name and save me from the dark
Bid my blood to run
Before I come undone
Save me from the nothing I’ve become”
Eu estava num mundo que não era o meu, ninguém sabia o meu nome, ninguém compreendia a minha linguagem, ninguém sabia aquilo que verdadeiramente eu era.
Pessoas desconhecidas chamavam-me de amiga, sem sequer saberem metade da minha vida, pessoas que não conseguiam adivinhar o que eu estava a pensar, e que falavam mal de mim, sem darem valor aquilo que realmente eu era.
Eu já não queria saber de nada, a pouco e pouco comecei a desprezar aquilo que me rodeava.
Até que tu apareces-te, sabias o meu nome. Podia só falar contigo à 5 minutos, mas tu compreendias-me.
Apareces-te no momento mais importante, apareces-te quando eu pensei que naquele sítio velho e gasto, já não existia nada novo. Eu estava errada. Existe sempre algo novo, existe sempre uma luz brilhante, mesmo no sítio mais negro.
Obrigada.
Muito bom.:) ass: Primo Miguel
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